Levei Bob pra passear, num dia desses. Bob é caramelo, labrador, grande e lindo! Meu fiel companheiro de todas as manhãs. Passeamos pelo calçadão da praia que há perto lá de casa. A visão é linda e gélida. De manhã, ainda escuro, eu ouvia o barulho das ondas. Haviam lembranças ali, era como se cada onda me dissesse algo que eu queria não lembrar, eram os detalhes da felicidade que um dia eu tivera.
Meses antes de começar a caminhar com Bob, eu caminhava sozinha, sempre no mesmo horário, gostava de acordar cedo, saber que muita gente ainda estava dormindo, me deixava em paz pelo silencio. Até que encontrei alguém que se tornou meu amigo, ele era demais pra mim porque sabia quando eu queria falar ou não e aceitava a situação.
Depois das caminhadas, as pessoas nos viam sentados, conversando na beira do mar. Passávamos horas ali, rindo, nos conhecendo, brincando. Até arriscávamos umas corridas na areia, as vezes. Ah, ele sempre perdia.
Ele era um enorme amigo, mas teve que se mudar, pra longe. Eu sabia que ele não voltaria mais, mas realmente pensei que haveriam telefonemas ou visitas. Nunca houveram. Me senti sozinha de novo ao caminhar, desisti por um tempo. Era como se a solidão batesse em minha porta. E batia muitas vezes.
Eu não conseguia mais acordar cedo e ficar no apartamento, observando o vazio que havia. Não conseguia mais sentar no sofá e ver o tempo passar, sem ir lá fora, sentir o ar frio batendo no rosto, sentir gosto do sal. Foi quando ganhei o Bob, ele substituiu tal amigo. Descobri que amigos são substituíveis, só precisa de alguém que saiba fazer como tal fazia.
Meses antes de começar a caminhar com Bob, eu caminhava sozinha, sempre no mesmo horário, gostava de acordar cedo, saber que muita gente ainda estava dormindo, me deixava em paz pelo silencio. Até que encontrei alguém que se tornou meu amigo, ele era demais pra mim porque sabia quando eu queria falar ou não e aceitava a situação.
Depois das caminhadas, as pessoas nos viam sentados, conversando na beira do mar. Passávamos horas ali, rindo, nos conhecendo, brincando. Até arriscávamos umas corridas na areia, as vezes. Ah, ele sempre perdia.
Ele era um enorme amigo, mas teve que se mudar, pra longe. Eu sabia que ele não voltaria mais, mas realmente pensei que haveriam telefonemas ou visitas. Nunca houveram. Me senti sozinha de novo ao caminhar, desisti por um tempo. Era como se a solidão batesse em minha porta. E batia muitas vezes.
Eu não conseguia mais acordar cedo e ficar no apartamento, observando o vazio que havia. Não conseguia mais sentar no sofá e ver o tempo passar, sem ir lá fora, sentir o ar frio batendo no rosto, sentir gosto do sal. Foi quando ganhei o Bob, ele substituiu tal amigo. Descobri que amigos são substituíveis, só precisa de alguém que saiba fazer como tal fazia.
Texto para Bloínquês. 20ª musical: 'Sentados conversando na beira do mar'.
4 comentários:
aah eu acho que uma boa companhia pode fazer vc não lembrar tanto de outra pessoa, mas não substitui, sempre haverá momentos em que vc vai querer comparar um com o outro e só o fato de achar diferenças ja será suficiente para saber que nada substitui, cada ser é único.
Mas olha!! seu texto ficou muito bom e eu entendi o que vc quis passar, boa sorte heiin!!
beijoos
Que fofo teu texto *-* Muito lindinho, parabéns ;D
Bem escrito. Olha, eu li algo aqui que me destriu, então quando eu encontrar a minha cara, eu volto para fazer um comentário que preste!
Que bacana aqui. Já estou seguindo. Bjs Feliz dia dos namorados.
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